Sobre nós
" ....... No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. "
João 16.33
MEU TESTEMUNHO
DESENGANADO PELO HOMEM, MAS RESGATADO POR JESUS – Rogério Rodrigues – 31/07/2014
A paz do Senhor a todos que tiverem a oportunidade de ler este testemunho , pois talvez entendam o propósito de Deus nas suas vidas, e se você não conhece a Palavra, quem sabe fique ao menos um pouquinho curioso.
O que contarei a seguir aconteceu comigo e me marcou para o resto desta vida aqui na terra. Eu me chamo Rogério, tenho 49 anos, sou casado e tenho dois filhos lindos e uma esposa maravilhosa, que me apoiou e me ajudou neste período de grande tribulação que envolveu toda a família.
Há sete anos atrás me vi diante de um problema de saúde tão sério que chegou a abalar a minha fé, e me colocou literalmente nas mãos de Deus. Trabalhava na Telefônica em São Paulo, quando comecei a perceber que estava ouvindo pouco pelo ouvido esquerdo, principalmente quando atendia ao telefone. Comentei com uma colega de serviço, que ligou para um especialista e agendou uma consulta, no entanto eu relutei em ir, pois odiava médicos e hospitais, mas acabei indo, muito a contragosto. O médico me examinou, e percebendo alguma coisa estranha no meu ouvido esquerdo, solicitou uma ressonância magnética, e com o resultado em mãos voltei com minha esposa ao consultório. Daquele dia em diante minha vida tomaria um rumo totalmente inesperado, pois até então era uma pessoa saudável que sonhava e fazia planos, mas naquele dia descobri que tinha três tumores na cabeça, e um deles já havia extinguido minha audição pelo ouvido esquerdo, e nada mais poderia ser feito para recuperá-la. E o pior é que outro tumor de bom tamanho, também do lado esquerdo, estava alojado abaixo do cerebelo, e o médico disse que o acesso para retirá-lo era praticamente impossível, e que por isso eu não teria muito tempo de vida.
Mas sentia que Deus ainda não havia determinado o fim dos meus dias aqui na terra, e com esta esperança no coração, procurei ouvir a opinião de outros especialistas, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, onde morava, e um deles, ao olhar os exames de imagem me disse: “Você sabe que tem câncer, que é impossível operar, e que por isso vai morrer?”. Saímos do consultório, eu e minha esposa, sentamos no meio-fio e choramos muito, pois parecia que minha morte já estava determinada pelo mundo. O que eles não sabiam é que nós servíamos ao Deus Vivo que tudo pode, e que tem a chave da vida e da morte. Mas confesso que houve momentos em que até duvidamos disso, e passei a me preparar para morte.
Certo dia contamos toda a historia a nosso pastor, que colocou outro pastor à nossa disposição para nos acompanhar à capital e consultar com outros médicos que, quem sabe mais capacitados, nos acenassem com uma solução. Fomos à capital consultar com o melhor especialista na área, e que atendia pelo meu plano de saúde, na época a Intermédica, mas quando ele viu os exames balançou a cabeça e disse que não tinha capacidade para uma cirurgia de tamanho risco. No entanto ele conhecia um médico especializado em cirurgia de cabeça e pescoço que seria o único médico em São Paulo capaz de realizar tamanha cirurgia, mas que não atendia por convênio médico, e que me adiantou que o valor da cirurgia estaria em torno de 100 mil reais! Ouvindo aquilo fiquei revoltado, e lhe disse que mesmo que vendesse tudo o que tinha, não conseguiria reunir a metade daquele valor. Então, tendo ao lado minha esposa e o pastor que haviam me acompanhado, pedi para voltar para casa, onde iria aguardar a morte chegar, pois via que nada mais poderia ser feito.
Mas quando esgotamos todas as nossas possibilidades humanas Deus opera, e naquele momento meu pastor teve a ideia de irmos à Central da Intermédica em São Paulo, pois eles teriam que dar uma solução para o problema, e mesmo sem acreditar que fosse possível, acabei aceitando, e lá fomos nós. Ao chegar na empresa, fomos falar com o Diretor Geral de Internação, que descobrimos ser a única pessoa que poderia fazer algo a meu favor, e ao sermos atendidos por ele, Deus começou a mudar minha história. Ao analisar os exames e constatar a gravidade do caso, o diretor nos surpreendeu dizendo que existem situações na vida da gente em que o homem é limitado, mas que existe alguém maior, que tudo pode, e que eu deveria ter fé, porque Deus não iria me desamparar!
Fiquei chocado, pois estava preparado para ouvir más noticias, que é o que normalmente acontece em circunstâncias como essas, mas aquele médico me falou de Jesus, e ali senti que não estava só. Após alguns minutos de conversa com aquele médico que descobrimos ser também cristão, ouvi a promessa que daquele dia em diante ele se colocaria na frente da minha luta, usando todas as armas possíveis para que eu fosse curado! E assim aconteceu. Aquele irmão abençoado moveu céu s e terra em meu favor, o que possibilitou que eu fosse examinado por mais doze especialistas em São Paulo no período de mais de 14 meses, mas o diagnóstico era sempre o mesmo: nenhum deles me operaria, pois seria uma cirurgia de alto risco. O tempo se esgotava para mim, quando o médico-irmão me pediu para fazer uma avaliação no Hospital do Câncer, dizendo que o laudo seria determinante para o meu futuro , e assim foi feito.
Então, após quase dois anos de consultas e desenganos, finalmente uma junta médica do Hospital disse que o meu caso era operável, mas que apenas ali, com seu quadro de especialistas seria possível realizar a cirurgia, mas que a entidade não era conveniada com a Intermédica. De posse do laudo, voltei ao irmão médico, que me disse que iria levá-lo à reunião da Diretoria da Intermédica, e ver o que poderia ser feito. De alguma forma eu sabia que Deus já estava agindo, e que em breve a luta cessaria. Após alguns dias fui chamado a me reunir com o médico, pois ele já tinha uma resposta definitiva. Convidei mais uma vez o pastor para nos acompanhar naquele encontro que seria, de uma forma ou de outra, o fim da minha peregrinação, e quando chegamos ao consultório fomos surpreendidos novamente : a direção da Intermédica não havia concordado que a cirurgia fosse feita no Hospital do Câncer, determinando que fosse feita no próprio hospital da rede da Intermédica, e que eles contratariam aquele médico que no começo havia me pedido 100 mil reais pela cirurgia; que daquele dia em diante custeariam tudo o que fosse necessário, bem como o acompanhamento pós-cirúrgico, ambulâncias UTI, qualquer exame que se fizesse necessário, e então eu, minha esposa e o pastor choramos de alegria, pois Deus havia nos abençoado. No entanto a jornada ainda levaria alguns meses até o dia da cirurgia, e foram tantos os exames que eu não saberia enumerá-los ou descrevê-los.
No primeiro contato com o cirurgião, ficou muito clara a gravidade da minha situação, pois ele descreveu o meu caso como se eu tivesse ganho sozinho na Mega Sena, mas ao contrário, tamanho o nível de dificuldade da cirurgia, me falando então dos riscos e das sequelas permanentes com que eu ficaria. Irmãos, como foi duro ouvir tudo aquilo! Mas eu estava nas mãos de Deus e do melhor especialista, numa cirurgia que contaria com uma equipe multidisciplinar se revezando ao longo de 22 horas, mas mesmo assim havia risco de morte. Ele dava como certa a paralisia facial do lado esquerdo , a surdez total do ouvido esquerdo, uma possível paralisia total do lado esquerdo do corpo e labirintite aguda pela falta do ouvido esquerdo. Isso se corresse tudo bem, e eu tive que assinar um termo de responsabilidade dizendo estar ciente. Perguntei então quanto tempo de vida eu teria se não fizesse a cirurgia, e a resposta foi um ano e seis meses, pois embora os tumores não fossem malignos, estavam crescendo rapidamente e logo afetariam áreas do cérebro que controlam a visão, a fala e a coordenação motora. Naquele momento orei a Deus e fiz um último pedido ao cirurgião: passar o Natal e Ano Novo com minha família, pois talvez nunca mais eu tivesse a chance de fazê-lo. Ele concordou e marcou a cirurgia para 6 de janeiro de 2008. Irmãos, imaginem como foi difícil esse período na vida da minha família: meu filho mais velho se casaria em março do ano seguinte e talvez eu não estivesse lá, mas Deus, em Sua infinita misericórdia, cuidou de mim e de toda a família.
Finalmente era chegada a hora mais difícil pela qual já havia passado, e ali estava com minha amada esposa , minutos antes da cirurgia começar. Oramos a Deus e nos despedimos, mas não era um adeus e sim um até breve, pois dias antes da cirurgia, na minha despedida na igreja onde congregava, Deus usou um pastor que não me conhecia e nem o meu problema, e ele saiu do púlpito e veio até mim no banco, dizendo que Deus fechava a porta da morte naquela noite. Então, irmãos, fui para a cirurgia sabendo que não iria morrer, pois Deus tinha falado e eu tomei posse da benção. Muitos podem questionar: não seria mais fácil ser poupado de tanto sofrimento, já que Deus não permitiria minha morte naquela situação? Eu apenas digo o que o meu pastor leu para mim: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam”.
Quem sou eu para questionar a Deus? Tudo na nossa vida tem um propósito, naquela época eu tinha apenas 42 anos, e só pela misericórdia de Deus ainda estou aqui. Tive medo, sim, como ainda tenho, quando lembro de tudo pelo que passei, mas muitos de nós somos teimosos, de corações duros, mesmo dentro da igreja, e às vezes necessitamos de uma chacoalhada, precisamos que um vento mais forte sopre nas nossas vidas, para entendermos o grande amor de Deus por nós.
A cirurgia demorou 23 horas, tive duas paradas cardíacas neste tempo, mas para glória de Deus, ainda estou aqui. Ficaram algumas sequelas: paralisia facial, surdez total do ouvido esquerdo, labirintite aguda; mas Deus me livrou de todas as outras consequências que o médico temia, e hoje eu ando, enxergo, falo, escuto com o ouvido que Deus me deu, e sou feliz, levando uma vida quase normal. Só sinto falta de trabalhar, mas Deus tem sido comigo e com minha família todos os dias, e espero que com este testemunho eu possa te ajudar meu irmão, você que é perfeito, mas acha que sempre falta alguma coisa para ser feliz. Seja feliz por estar respirando, pelo sol que nasce todos os dias e pela misericórdia de Deus na sua vida. E lembre-se:
Os homens podem nos desenganar, mas Deus jamais nos engana!
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